quarta-feira, 23 de junho de 2010

Resenha: Toy Story 3

Nessa coluna analisamos novidades musicais, cinematográficas ou do mundo dos games.

Em 1995 eu estava no auge dos meus 10 anos. Fã declarado dos filmes da Disney, eu aproveitei aos regalos uma época de clássicos no cinema como Rei Leão, Alladin entre outros. Todos mais ou menos no mesmo formato: musicais com alguma lição de moral meio óbvia no roteiro para entreter e educar as crianças. A infância era diferente naquela época do que é nos dias de hoje. Quando saiu Toy Story no cinema eu fiquei pasmo, pois um desenho feito inteiramente em 3D era uma novidade. E ToyStory era justamente o primeiro longa feito nessa tecnologia (me perdoe Cassiopéia, mas você não dá nem pro cheiro). O filme se inicia numa nostálgica cena onde um menino chamado Andy brinca com seu caubói de brinquedo Woody enquanto toca a músicatema "Amigo estou aqui".Quinze anos depois eu estou mais velho, a infância não é a mesma e nem os filmes infantis são feitos da mesma maneira. Dificilmente se vêem musicais e a Pixar tão desconhecida na época do primeiro filme hoje é um monstro nos longas de animação.


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O filme também não é mais um musical como o primeiro, mas pode-se dizer que a essência do primeiro permanece. Coincidentemente, Toy Story 3 é também inovador como seu primeiro volume pois é uma "animação em 3D", usando a tecnologia de profundidade desenvolvida a partir de Avatar totalmente.A história se passa aproximadamente 7 anos após o primeiro filme. Andy agora com seus 17 anos precisa arrumar suas coisas para se mudar para a faculdade e desocupar o seu quarto. Dos vários brinquedos que ele possuía no segundo filme restam apenas o tiranossauro Rex, o Porquinho, o casal Cabeça de Batata, o cachorro-mola Slinky, a vaqueira Jessie, o astronauta Buzz e o cáuboi Woody, e Andy precisa decidir o que fazer com todos eles.

Por um engano de sua mãe todos os brinquedos acabam sendo doados para uma creche. Aparentemente um paraíso para os brinquedos abandonados pelos seus donos, Woody e companhia verão que a coisa não é tão maravilhosa assim.O filme em si é uma obra de arte. Mistura de forma maestral um bom humor já característico das produções da Pixar ,momentos de fortes emoçõese incita um efeito nostálgico tão forte que faz o espectador se sentir de novo como a criança que assistiu o primeiro filme.

O visual também é extremamente bem trabalhado, principalmente em conjunto com a tecnologia de visualização 3D se têm a impressão de que os brinquedos realmente existem e estão se movendo no ambiente. A trilha sonora, apesar de não ser um musical possui seus momentos e faz uma honrosa homenagem ao clássico de 95Eu estou na verdade me contendo para não dar mais detalhes do que o próprio trailer do filme já mostrou, pois achei o filme bom o suficiente para ser o melhor do ano até o momento (vencendo o até então favorito Homem de Ferro 2). Não diria que é um filme perfeito até mesmo porque sempre existe a possibilidade de melhoras em alguns detalhes além do meu perfeccionismo e capacidade de poder criticar praticamente qualquer coisa.Toy Story 3 é (me perdôem o clichê) um filme para crianças de todas as idades mas feito principalmente para aquelas que, assim como eu, eram crianças deslumbradas em 95 vendo um boneco de polígonos se movendo e falando na tela grande.

Toy Story 3 dá um "final" (porque tudo hoje me dia pode ser expandido) para uma saga linda e maravilhosa. O roteiro do filme aliàdo ao efeito nostálgico de ver os mesmos personagens da sua infância em cena é o suficiente para manter o espectador preso em sua poltrona e interessado pelos 113 minutos da animação, entre muitas risadas e momentos de expectativa. Este que vos fala pode dizer isso do filme pois voltou a ser uma criança temerária e emocionada nos momentos finais (e não se sente nem um pouco envergonhado em admitir isso) que não podem ser revelados para não estragar a magia que a Disney e a Pixer conseguiram executar.

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